O uso da velocidade do obturador e a ideia de movimento na fotografia
Desde congelar imagens até borrá-las propositalmente, é a regulagem da velocidade do obturador da câmera fotográfica que define a sensação de movimento em uma fotografia.
Trocando em miúdos é a velocidade do obturador que estabelece o tempo de exposição do sensor fotográfico à luz e à imagem que comporá a fotografia; assim, quanto menor a velocidade do obturador - e consequentemente maior o tempo de exposição - mais luz e mais movimento são capturados, já quanto maior a velocidade - e consequentemente menor o tempo de exposição - menos luz e menos movimento são capturados.
Uso a seguir quatro fotos para reforçar as possibilidades fotográficas obtidas com usos diversos deste recurso técnico.
No primeiro exemplo a velocidade usada foi muito baixa, de 3 segundos de exposição - o que força o uso de uma ferramenta para imobilizar a câmera de forma a evitar tremores indesejados, como um tripé; no caso usei a calçada e a mão direita para evitar borrões e deixar apenas o patinador "em movimento".
No segundo exemplo a velocidade foi de 1/40 segundos, ainda baixa, mas consideravelmente maior que no primeiro caso, seguida da movimentação da câmera no sentido do objeto da foto que está em movimento, congelando sua marcha e borrando todo o fundo da imagem, gerando a sensação de corrida (técnica pra obtenção do efeito "panning").
No terceiro exemplo a velocidade foi maior, de 1/80 e congelou o objeto praticamente todo, exceção à mão esquerda de minha pequena filha Clara, transmitindo a impressão de movimento apenas parcialmente.
No quarto exemplo a velocidade usada foi de 1/500, bem alta e assim "congelou" a água em movimento nos chafarizes, criando o efeito estático desejado.
Entendo que a técnica fotográfica deve sempre estar subordinada á mensagem; e esse principio vale para a velocidade do obturador e a captação dos movimentos - ou do congelamento dos objetos - em apenas um quadro.