Tour pelo Brasil
- Alexandre Périgo
- 27 de dez. de 2015
- 2 min de leitura
Nas últimas duas semanas mesclei necessidade com prazer, trabalho com turismo; eu, minha inseparável companheira Paola, minha querida mãe Elisa e nosso - literalmente - bravíssimo Leozinho rodamos mais de seis mil quilômetros por Minas Gerais e mais seis estados do nordeste: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraiba e Rio Grande do Norte.
Corremos por quase duas centenas de municípios deste pais-continente e tivemos o privilégio de sorver um pouco dos sabores, das belezas e da bondade de nossas gentes e paragens.
Nada como rodar o Brasil para percebê-lo com os próprios olhos, deixando para firmar opinião vendo e não ouvindo dizer.
Assim afirmo categoricamente: quem imagina que nosso país resume-se naquele das grandes metrópoles, das praias e dos pontos turísticos consagrados simplesmente o desconhece; o Brasil profundo é o da simplicidade das pequenas vilas, o da pujança das médias cidades e principalmente o da força de um povo que encara as dificuldades cotidianas com sorrisos pois entende que viver vale sempre a pena.
Em um "tour" destas dimensões algumas conclusões saltam até aos olhares mais parciais: o Brasil mudou para (muito, mas muito) melhor na última década.
E isso não é uma afirmação partidária; ela se embasa no mar de antenas parabólicas avistado de Cristinápolis/SE a Santo Estevão/BA, na qualidade elevada das estradas que antes amedrontavam pela falta de conservação, na limpeza dos locais públicos de João Pessoa/PB, no potencial intimidador de Recife/PE, na preservação dos edifícios históricos de Olinda/PE e Aracajú/SE, no zelo com que as pessoas de Milagres/BA e Conde/PB cuidam de suas ruas e renovadas residências, na energia elétrica presente até nos menores dos vilarejos, no desenvolvimento econômico de Feira de Santana/BA, nos guias turísticos bilingues em Natal/RN, na enorme quantidade de empresas se instalando nas proximidades do porto de Suape/PE e nas cercanias de Maceió/AL, nas plantações de cana, laranja, café e outros produtos de exportação que vão das margens das BR-101 e BR-116 até depois de onde a vista alcança e - majoritariamente - nas palavras sofridas mas orgulhosas dos populares com os quais conversamos por todos os cantos e que relatam a melhoria de suas realidades cotidianas.
Ainda há pobreza sim, e muito mais do que gostaríamos de ver; todavia a miséria absoluta de outros tempos não vimos, o que já é motivo de comemoração.
O Brasil é sublime, meus queridos.
Não deixem de conhecê-lo, mas conhecê-lo de verdade.
Já inclui no site algumas das centenas de fotos que fiz nos últimos dias e que retratam um pouco, muito pouco do que encantados presenciamos.

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